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um eléctrico chamado desejo

um eléctrico chamado desejo

a noite

a noite de veludo feito de pele, aconchegou o sonho.

a luz vertida no inverno iluminou o quarto escuro.fomos a pique no sono. deixamo-nos ir.

706

706: a vida e o amor. a porta abre-se pela mão de mulher. um doce perfume arrasta-se com ela. escasso aroma. um azul enche o espaço. um doce choque contra o meu cérebro. é só o mar que por ali dentro entra. com ele fé, amor e esperança à volta ds braços que nos colam. inflamam-se as pálpebras de desejo.

à espreita

o mar enrola, embala a noite. e eu em ti no mar que embala o sonho. hoje as portas não se abriram para o mar e o sonho ficou à porta. à espreita do azul.

noite

sinto o amor

no corpo de amante no leito da almofada.

a minha cama é uma ilha, onde a noite não chega ao fim.

a manhã é sempre estranha, pela luz do dia que inunda o quarto e... não te vejo. quero pensar na noite, que agora se pôs.

uma noite com nota de rodapé com a explicação do amor.

um amor com o teu nome inscrito no título da página.

ar

ar

ah!!! ar de arfar. ofegar. arcar com o amor. e palpitar. ah!!! ansiar. um beijo a latejar.

oh pah!

Cada momento passado juntos. Era uma celebração, uma Epifania, Nós os dois sozinhos no mundo, Tu, tão audaz, mais leve que uma asa, Descias numa vertigem a escada. A dois e dois, arrastando-me Através dos húmidos lilases, aos teus domínios. Do outro lado, passando o espelho. Pela noite concedias-me o favor, Abriam-se as portas do altar. E a nossa nudez iluminava o escuro. À medida que genuflectia. E ao acordar. Eu diria «Abençoada sejas!» Sabendo como pretenciosa era a bênção: Dormias, os lilases tombavam da mesa. Para tocar-te as pálpebras num universo de azul, E tu recebias esse sinal sobre as pálpebras Imóveis, e imóvel estava a tua mão quente. Rios palpitantes por dentro do cristal, A montanha assomando na bruma, mar enfurecido, E tu com a bola de cristal nas mãos, Sentada num trono enquanto dormes, - Deus do céu! - tu pertences-me. Acordas para transfigurar. As palavras de todos os dias, E o teu discorrer transbordante. De poder revela na palavra «tu». O seu novo sentido: significa «rei». Simples objectos transfigurados, Tudo - a bacia, o jarro -, tudo. Uma vez de sentinela entre nós Se torna límpido, laminar e firme. Íamos, sem saber por onde, Perseguidos por miragens de cidades. Derrotadas construídas no milagre, Hortelã pimenta a nossos pés, As aves acompanhando-nos o voo, E no rio os peixes à procura da nascente; O céu, a nós se abrindo. Porque o destino seguia-nos o rastro Como um louco com uma navalha na mão. - . Arseny Tarkovsky

falta de ar

tenho falta de ar.

tremem-me os joelhos e as memórias. os momentos ausentes e tão presentes.

caio de joelhos e descubro a falta de ar. o ar que de ti me levita como um pluma.

descubro esta falta de ar não é mais do que uma falta de ti.

fico seduzido pelas sombras da memória.

agarro-me a elas para não cair dos joelhos.

e consolo-me. fico a sorrir para dentro. imito o teu sorriso maroto. são memórias, senhor, são memórias.

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